Resenha: Círculo Secreto - L.J Smith

Em Círculo Secreto, livro da mesma criadora de Diários do Vampiro, Cassie se ver obrigada a se mudar da Califórnia para New Salem, pois sua avó, a qual nunca teve contato, está doente e pode morrer a qualquer instante. Antes disso, nas suas férias de verão ela "conhece" um rapaz e passa a se sentir conectada de alguma forma a ele e, consequentemente, apaixonada pelo rapaz. Então, teve aquela sensação de já ter visto essa história em algum lugar? Pois bem, foi isso exatamente isso que senti.

A história começa quando Cassie se muda da Califórnia para New Salem, depois de passar as férias em Cape Cod, e começa a se sentir estranhamente atraída pelo grupo de jovens que domina sua nova escola. Cassie logo é iniciada no Círculo Secreto, uma irmandade de bruxas que controla a cidade há séculos, numa aventura ao mesmo tempo fascinante e mortal. Ao se apaixonar pelo sombrio Adam, será preciso escolher entre resistir à tentação ou lutar contra forças obscuras para conseguir o que deseja - mesmo que um simples passo em falso possa significar a sua destruição.

Nota: 2/5

Não é do desconhecimento de ninguém que a maioria dos livros originadores de séries sofrem bastante alterações e, infelizmente, com o de L.J Smith não seria diferente. Gostei do seriado, apesar de não fazer questão de acompanhá-lo semanalmente e, por isso, fui ler o livro com as expectativas altas, o qual, acredito, tenha sido um dos maiores problemas.

As alterações surgem logo de cara, enquanto na série temos apenas seis pessoas, no livro há o dobro de jovens no Círculo. A pergunta que faço é: como lembrar de doze personagens todas as vezes nas quais eles aparecem? Ou você tem uma memória boa ou você tem uma memória boa. Tive de ficar voltando às páginas para poder lembrar quem era quem, fazendo a compreensão da leitura se tornar um pouco complicada. Outra mudança está nas características dos personagens, o que não julgo ser fatores para gostar ainda menos do livro, óbvio.

Não curti, também, o final do livro. Admito que gosto de seriados teens, tenho alguns como guilty pleasure, para falar a verdade, mas estou cansado cada vez mais deles, essa trama fútil não me atrai mais, ainda bem! E a cena do livro é nesse estilo, ou seja, banhado de futilidade - não no sentido de luxúria -, para ser mais sincero, no estilo de Gossip Girl, o que fara muitos discordarem desse parágrafo inteiro.

O maior problema do livro é a falta de ação e do uso de bruxaria. No segundo ponto, há um momento ou outro; já no primeiro, não há um momento se quer, a história dá a entender que irá finalmente decolar, mas quando chega em uma certa hora, da sempre no mesmo, em nada.

“O cordão prateado nunca poderá ser rompido. Suas vidas estão ligadas. Não podem escapar um do outro mas do que podem escapar do destino”

Os pontos negativos, felizmente, acabam por ai. Os positivos, no entanto, não são muitos. O maior destaque vai para a edição da Galera Record, a qual é bem melhor do que a original, assim como as capas de Diários do Vampiro. Outro destaque é a narrativa sempre boa da escritora, é simples e ao mesmo tempo gostosa de ler, fazendo você ler o livro de uma forma rápida sem ao menos perceber.

Enfim, a sensação que tive ao termino do livro foi aquela, o mais do mesmo. Talvez na época do lançamento do livro, 1992, ele não fosse tão clichê, mas nos tempos de hoje a história é outra e o livro chega até decepcionar um pouco. O livro tinha potencial, mas Smith não soube como usá-lo, quem sabe na sequencia ela faça diferente? Quem sabe eu dê até uma segunda chance.