sábado, 24 de março de 2012

Crítica: Jogos Vorazes


No filme que estreou na última sexta-feira (23), Jogos Vorazes, baseado em livro homônimo de Suzanne Collins, nos podemos assistir a história de um Estados Unidos futurista, no qual a população vive em Distritos (são um total de doze) e sobre um regime totalitário. Todos os anos ocorrem os Jogos Vorazes, um reality show que da nome ao filme, o qual serve como uma forma de reprender a população, mostrando a superioridade quem Estado tem sobre ela.

Nota: 5/5


É nesse contexto que somos apresentados a Katniss Everdeen. Ela se oferece como tributo do Distrito 12 após sua irmã de apenas doze anos e, portanto, participa pela primeira vez da Colheita, ter sido escolhida para lutar. E essa é de longe uma das cenas mais emocionantes do filme, de fazer os olhos lacrimejar; nesse momento podemos perceber o potencial da incrível Jennifer Lawrence.

Potencial esse pelo qual pode ser visto durante todo o filme, a cena entre Katniss e Rue foi de deixar qualquer um sem palavras de tão emocionante, tanto quanto a cena da colheita citada anteriormente. Lawrence chega a ser tão boa que não deixa espaço para os demais atores mostrarem seus devidos potenciais, mesmo o próprio livro não deixando isso acontecer. Não estou afirmando o resto do elenco é ruim, claro, eles são ótimos também, destacam-se Elizabeth Banks, na pele de Effie Trinket e Josh
 Hutcherson, o qual vive Peeta Mellark, o outro tributo do Distrito 12.

Infelizmente, Liam Hemsworth, na pele Gale, o melhor amigo de Katniss, mal aparece no filme, assim como no livro, mas estava esperando uma participação maior dele, pois estavam fazendo uma grande promoção de seu personagem. E seria bom ver um pouco mais da reação da família e do amigo de Katniss, pois eles são o que a mantem determinada a ganhar o jogo, no lado de fora da arena, né?


Falando sobre o lado de fora, gostei bastante do modo como eles mostraram os bastidores dos Jogos, ponto para os roteiristas, já que é algo no qual não está presente no livro, pois o mesmo é em primeira pessoa. Falando do roteiro, eu o jugo como a arma mais forte do longa, isto é, a fidelidade com a obra original deixa o filme bastante superior alguns outros de mesma origem, como Crepúsculo e até mesmo Harry Potter, pois as primeiras películas das três sagas têm durações parecidas e nenhuma das outras duas citadas anteriormente chegam aos pés da fidelidade na qual Jogos Vorazes chegou, é incrível.


Outro ponto para o roteiro foi a forma como mostraram o relacionamento entre Katniss e Petta, deixaram aquela coisa melosa na qual tem no livro, quem já leu sabe bem que após se encontrarem, ambos ficam o tempo todo se beijando, mesmo que seja apenas para mostrar às câmeras, isso se torna chato e sai um pouco da trama principal do livro, algo no qual não ocorre no filme e fica apenas como uma subtrama. 

Contudo, nem tudo são flores e há, sim, pontos negativos. Os efeitos visuais pecam, mas, com sorte, não são muito utilizados, fazendo esse problema ser pouco percebido; esse defeito pode ser notado, principalmente, na cena da apresentação dos tributos na Capital. Outro problema, foi a forma como eles mostraram as matanças, esperava mais sangue e mais emoção, ou seja, cenas mais impactantes, o que quero dizer é, a ação presente não é um ponto forte no longa.
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Está cedo para dizer se JV irá entrar para a lista dos melhores filmes de 2012, mas o trabalho feito por Gary Ross, o diretor, sua equipe e Suzanne Collins foi algo impecável. O que nos resta agora é esperar uma bilheteira boa e que a Lionsgate confirme logo a adaptação de Em Chamas, o segundo livro da série, pois não seria nada legal não poder ver a atuação de Lawrence como Katniss de novo e não ter as respostas para as postas soltas nas quais foram deixadas propositalmente, assim como no livro, certo?

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